terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A CORRIDA PARA O ÁRTICO

A recente detenção, por parte da Federação Russa, de 30 ativistas da Greenpeace, que depois de dois meses de prisão em condições inaceitáveis, devido aos protestos mundiais (infelizmente pouco noticiado no nosso país) viu-se obrigada a libertá-los, alertou a opinião pública mundial para a Questão doÁrtico. Digo questão, devido ao facto da ação, por parte da Rússia, na exploração mineral e e de petróleo naquela vasta região por parte da sua principal multinacional, Gazprom. A Federação Russa, aliás o principal país do chamado Conselho do Árctico, que além dela fazem parte outros 7 países (Canadá, Dinamarca, Groenlànndia/Ilhas Faraó, Finlàndia, Islàndia, Noriuega e Suécia), assim como a população nativa, os chamados Inuits foi um dos primeiros membros a manifestar o seu ativo interesse em tão vasta e inóspita região, colocando, em 2005, uma bandeira de titânico nas profundezas marítimas. Aliás, o Presidente Vladimir Putin tinha já declarado publicamente o predominante nteresse do seu país no Árctico. É importante recordar que os vikingos foram os primeiros europeus a colonizar a vasta região, a começar pela Groenlândia, no século X. Como se sabe esta vasta região autónoma é soberania da Dinamarca, que, no entanto, em 2008 votou por alargada independência. Mais irónico é o facto de que o influente matemático e geógrafo inglês, John Dee, a quem se deve a cunhagem do título de Império Britânico, já no século XVI invocava o Ártico como para do império de Isabel I. Recentemente a ação da Rússia, como o primeiro país a efectuar prospeções na região, o que levou a Greenpeace a manifestar-se contra tais intenções, foi surpreendida pela dureza das forças especiais russas, que além de invadirem apoderaram-se, em águas internacionais, do navio daquela organizaçãao e detidos os 30 manifestantes, inicialmente radicados nos frios e desolados calabouços de Murmansk, a dura ação russa bem demonstra as suas intenções de soberania na vasta fatia que abarca 120o de laatutude do hemisfério norte. Além da vasta e inexplorada riqueza marítima do Árctico, tanto e termos de petróleo e gás, mas principalmente de minérios, devido aos efeitos de estufa, aquela vasta e gélida região, de 30 milhões de Km2 e escassamente habitada por 4 milhões, tem vindo assustadoramente a derreter desde há 30 anos, mas amsi acentuadamemnte a partir de 2005, permitindo, agora, a passagem de navios mercantes de pequena e média dimenssão, embora no verão, na chamada Passagem do Noroeste, reduzindo as viagens para o Oriente, principalmente o Japáo, em apenas 15 dias, quando normalmente levam 22 pelo Canal do Suez e 29 pelo Cabo da Boa Esperança. Consciente desta adicional e enorme vantagem estratégica, a Russia ciosamente procura assinalar a sua soberania. Aliás, um dos países, como é o caso de Singapura, previndo a ameaça que tal rota pode trazer para a sua riqueza marítima, é um dos que mais se esforça para partilhar de tão imporyante vantagem, Como o conseguirá, é cedo +ara prever. Tudo iso demonstra a importância do Ártico nos anos vindouros. A tragédia, como já vem sendo hábito, é a predominância impeialística da Rússia, colocando em desvantagem a diferente e variada população nativa que, pssivelmente, será destituída de qualquer vantagem

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